terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quando Mariana precisou de uma cirurgia, o seu corpo desbotou no leito do hospital. Ainda mais o dela que anseia por prazer. Nesses tempos, o pensamento de visitar a casa de Madalena assombrou minha mente e o meu corpo. Era um ritual sagrado o sexo depois da taça de vinho gelado, mas quando eu bebia e não transava depois, meu corpo estranhava, questionava-me onde estava Mariana para esfregar suas coxas brancas contra o meu peito, contra o meu rosto, contra a minha pele parda. Ela voltou hoje à tarde e está no banho, espero por ela na cama, ela volta nua, não quer brincar, quer ir direto ao ponto. Joga seu corpo com fúria sobre o meu. Esticando seu pescoço para o alto, fecha os olhos e geme. Os gemidos de Mariana são dor. É a dor se aproximando do prazer. O prazer transformado em vaidade. Vaidade estampada na face de Mariana que de uma expressão de medo, procurando se ajeitar ao caos, vai para um afável sorriso de canto de boca.

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