sábado, 6 de novembro de 2010

Mariana.

Acordei primeiro. Deitada na minha cama estava Mariana com sua nudez. Suas costas eram divididas pelo longo cabelo que desenhava um caminho da sua cabeça até seu cóccix coberto pelas colchas amassadas. Observava-a com o canto do meu olhar, seu corpo exprimia poder e de alguma forma eu tinha medo de encará-lo de frente. Respeitava-o como uma entidade sacral, mas não tinha medo de toca-lo quando quando me permitia. Mariana não gostava muito de surpresas, mas uma vez confessou que gostava quando eu escondia o cardápio do jantar e descobria quando eu levantava a tampa do Rechaud. Seu corpo faz um pequeno movimento, sei que não vai acordar, move-se por intuição, talvez buscando mostrar-me uma curva ou um ângulo diferente do seu corpo. Todos os ângulos me agradam, todas as curvas. Mariana é uma volúpia volátil, transamos diversas vezes, mas eu nunca transei duas vezes com a mesma mulher. Seu comportamento pré-sexo previa a mulher que deitaria comigo naquela noite. Mariana chegava carinhosa, querendo colo, faríamos amor como dois virgens. Mariana chegava animada, curiosa era a antecipação de uma mulher fogosa, insaciável. Mariana chegava silenciosa e teríamos um sexo poético, com leves gemidos e movimentos precisos.